O Light Steel Frame é um sistema de construção com estruturas de aço que está revolucionando a indústria da construção civil. Trata-se de um método construtivo aberto que permite a utilização de diversos materiais. Sua flexibilidade não impõe grandes restrições aos projetos, sendo racionalizado para otimizar o uso eficiente de recursos e a gestão de perdas. Além disso, é altamente customizável, proporcionando total controle dos custos desde a fase de projeto, e se destaca por sua durabilidade e capacidade de reciclagem.
A estrutura é composta por perfis de aço galvanizado, enquanto as paredes internas são construídas com gesso acartonado. Para o fechamento externo, é comum utilizar placas cimentícias, embora existam opções como o sistema EIFS, glasroc-x, vedações em painel H e outras soluções disponíveis no mercado. As instalações elétricas e hidráulicas são integradas nos vazios internos das paredes, assim como as isolações térmicas, que podem ser feitas com lã de vidro, PET ou rocha.
O sistema Light Steel Frame é versátil e pode ser aplicado em diversos tipos de projetos, sendo o método construtivo mais adotado em todo o mundo devido às suas inúmeras vantagens. Se você optou pelo sistema Steel Framing, é importante estar ciente da variedade de tipos de lajes disponíveis para esse método construtivo.
O Light Steel Framing é comumente instalado sobre uma fundação do tipo radier, que é executada previamente com as instalações elétricas e hidráulicas incorporadas. Embora o sistema de fundação tipo radier seja o mais prevalente, o cálculo estrutural determinará a fundação mais apropriada. Após a fabricação dos painéis de aço, estes são fixados à fundação por meio de chumbadores.
Projetado para suportar uma carga relativamente reduzida, o Light Steel Framing possibilita o uso de perfis formados por chapas finas de aço. A modulação típica desses perfis é de 400mm ou 600mm, o que facilita o controle de utilização e
minimiza o desperdício de materiais industrializados complementares. Esses materiais, enquadrados no módulo de 600mm, incluem fechamentos com placas cimentícias, OSB ou placas de gesso acartonado.
A disposição dos montantes dentro da estrutura dos painéis, juntamente com suas características geométricas, resistência e o sistema de fixação entre as peças, permite que esses painéis absorvam e transmitam eficientemente cargas
verticais e horizontais. Para assegurar a estabilidade estrutural dos painéis e, por conseguinte, da edificação do sistema, os elementos estruturais mais comuns são os contraventamentos.
Os painéis podem ser fabricados previamente em fábricas, proporcionando maior produtividade, qualidade e melhores condições de trabalho. Alternativamente, o sistema oferece a opção de executar esses painéis no próprio canteiro de obras, sendo essa etapa denominada de pré-montagem.
PEX é um sistema de tubulação plástica que pode ser empregado em instalações hidráulicas prediais, tanto para água quente quanto para água fria. Uma das razões pelas quais os engenheiros optam por esse material é sua resistência
térmica, suportando temperaturas de até 95°C. Além disso, por ser fabricado em plástico, o PEX não está suscetível à corrosão, diferentemente dos tubos de aço galvanizado.
Dentre suas características, a flexibilidade é especialmente destacada. A capacidade do PEX de realizar curvas na mangueira permite o uso de menos conexões, como joelhos e cotovelos, reduzindo o risco de vazamentos. Essa flexibilidade não apenas proporciona um trajeto mais eficiente para a água, mas também diminui em até dez vezes o tempo médio de instalação em comparação com o sistema convencional de PVC.
Nas instalações elétricas do sistema LSF (Light Steel Frame), são empregados os mesmos materiais utilizados na construção convencional, porém, com vantagens notáveis em termos de facilidade e rapidez. Um exemplo prático é a instalação
dos conduítes nas paredes. No método tradicional, esses conduítes são inseridos após a conclusão da parede, exigindo, muitas vezes, a quebra das mesmas para a instalação.
No sistema LSF, os conduítes são passados entre a estrutura das paredes durante o processo de construção. Isso evita gastos desnecessários e elimina a necessidade de retrabalho, deixando toda a instalação livre para eventuais reparos. Essa abordagem não só acelera o processo, mas também proporciona maior flexibilidade para intervenções futuras na instalação elétrica.
Anteriormente, o conceito de isolamento baseava-se na utilização de materiais com grande massa e espessura. No entanto, com os avanços tecnológicos em produtos e métodos de cálculo, agora é possível avaliar com precisão a real necessidade de isolamento e quantificar o material isolante necessário.
Diversas estratégias são adotadas para a conservação energética em construções, incluindo a prevenção de infiltrações de água e a passagem de vento, a evitar a penetração e formação de umidade, o projeto adequado de circulação de ar dentro da edificação, e a redução das perdas térmicas entre o ambiente interno e externo. Alguns dos sistemas de isolamento mais utilizados incluem:
1. Lã de Rocha
2. Lã de Vidro
3. Seladores
4. Acondicionamento Acústico
5. Barreira de Vapor
As lajes no sistema Steel Framing são estruturadas com perfis que possuem dimensões de alma de 200 mm ou com vigas treliçadas. Ao compor uma laje, é necessário considerar tanto a estrutura em si quanto a escolha do tipo de laje.
Existem três opções principais de lajes no Steel Framing, sendo elas: laje seca, laje mista e laje úmida. Entre essas opções, as mais comumente utilizadas são a laje seca e a laje mista, devido à sua leveza e facilidade de instalação.
Laje Seca
A laje seca no sistema Steel Framing é formada pelo uso de placas estruturais de madeira, que são parafusadas nas vigas de piso. Essa abordagem oferece uma carga por peso próprio reduzida, possibilitando uma construção sem a necessidade de utilização de água. Essa característica torna a laje seca ideal para o assentamento de pisos secos, como tábuas corridas, piso vinílico, carpete e piso laminado.
As lajes secas são especialmente recomendadas para áreas secas em edificações, sendo desaconselhável a aplicação de pisos cerâmicos nesse contexto.
Laje Mista
A laje é formada por uma placa estrutural de madeira, geralmente utilizando a placa OSB. Para proteger essa placa, é aplicada sobre ela uma camada de lâmina plástica (polietileno) ou impermeabilizante. Sobre essa camada, aplica-se um contrapiso de concreto com espessura de 3cm a 5cm, reforçado com tela soldada, seguindo as recomendações para nivelamento e inclinações indicadas no projeto.
O contrapiso serve como base para a colocação do piso, reduzindo vibrações e melhorando o conforto acústico.
Nas lajes mistas, os painéis do pavimento superior podem ser montados diretamente sobre o OSB ou sobre o contrapiso.
Laje Úmida
Existe uma opção de laje que é utilizada em menor escala chamada laje úmida, conhecida como steel deck. Nesse método, é empregada uma chapa metálica trapezoidal que funciona como uma “fôrma” para o concreto, sendo parafusada
nas vigas de aço.
O preenchimento dessas chapas com o concreto é feito com uma camada de 4 a 6cm de concreto simples, que formará o contrapiso. Essa laje apresenta menor vibração, oferece a possibilidade de impermeabilização e permite o assentamento direto de piso cerâmico sobre o contrapiso.
PAREDE EXTERNA
A estrutura e os fechamentos são extremamente resistentes, sendo possível inclusive a utilização de pedras naturais, revestimentos cerâmicos e materiais que imitam pedras e madeira sobre os fechamentos das paredes, desde que especificados no projeto para serem considerados no cálculo estrutural. O Steel Framing aceita vários tipos de acabamentos, também permitindo variações nos fechamentos externos, como placa cimentícia, Glasroc X, Siding Vinílico e Sistema EIFS.
Sobre a composição:
– OSB: A placa de OSB (Oriented Strand Board) pode ou não ser utilizada em áreas externas. É um painel constituído por tiras prensadas de madeira reflorestada, aumentando sua resistência mecânica em comparação com uma chapa de madeira comum.
– Membrana: Toda a estrutura externa é envolvida por uma membrana especial, a barreira de vapor, que atua como a pele da construção. Impede a entrada de umidade, mas permite a transpiração da edificação, eliminando problemas com mofo e infiltrações.
A partir da membrana, existem diversos materiais e tecnologias que podem ser empregados para o revestimento das paredes externas, como a placa cimentícia, composta por uma massa de cimento reforçada com fibra de vidro, resultando em chapas com grande planicidade e estabilidade dimensional.
– Base coat: As placas cimentícias recebem um acabamento especial chamado base coat. Esse acabamento nada mais é do que uma massa aplicada em toda a extensão da parede, responsável por sua impermeabilização e seu aspecto monolítico (fazendo “sumir” as juntas, deixando a parede uniforme).
– Revestimento: A partir do base coat, a parede é tratada e pode receber pintura, textura ou qualquer outro tipo de revestimento, tal como pedras, porcelanato ou madeira.
PAREDE INTERNA
Para o fechamento interno, os materiais mais utilizados são a placa OSB e a placa de gesso acartonado ST. Já para áreas úmidas, a placa mais comum é a placa de gesso acartonado RU. No mercado, existem outras opções de placas, como a
placa de gesso Performa e a placa Habito, que oferecem grande resistência e um excelente custo-benefício.
A cobertura tem a função de proteger a edificação das intempéries, além de contribuir para o aspecto estético da construção. Essa cobertura pode ser constituída por telhas metálicas, shingle ou do tipo laje impermeabilizada com manta TPO.